sexta-feira, 11 de junho de 2010

Enfim, chegou a hora!




Participei do meu primeiro bolão com 8 anos. Copa de 1990, a aposta valia apenas para a partida de oitavas-de-final. Jogavam Brasil e Argentina. Não me lembro qual foi meu palpite, tampouco lembro quem acertou. Mas me lembro bem da espera pelo resultado esperado.
São vinte anos de “bolões”. Ganhei umas duas vezes, sempre em partidas pontuais. Na copa passada comecei bem, mas enfraqueci na terceira rodada. A Argentina me deu muitos pontos, o Brasil me tirou alguns.
De certa maneira minha insistência em perder tenha a ver com um romantismo, o sonho do resultado ideal, perfeito. E bolão não é isso, bolão é pragmatismo. Assim como dentro das quatro linhas, no mundo da jogatina saber usar o tempo é uma vantagem. Afinal, se eu posso esperar os amistosos preparatórios para entregar minhas apostas, por que fazer antes? É uma das muitas lições que a Libertadores me aplicou. O tempo me fez apostar forte em Camarões e ainda mais forte na Holanda – ao lado de Argentina, Espanha e Inglaterra minhas apostas para surpreender na Copa.
Elegi também os “bobos” – discordo do Luxa quanto a existência deles. Destaco Honduras, Nova Zelândia e Suíça, mas lembro que Itália e França podem ter vindo para fazer papel de bobo. No caso dos atuais campeões e vices a linha que separa a “bobice” do triunfo é muito, muito tênue.
A torcida do mundo é pela África do Sul. A seleção mais fraca tecnicamente do continente e que luta para manter a escrita de o anfitrião sempre passar pela primeira fase. Na base da vuvuzela e do apoio da torcida. Lamento que tenha caído em um grupo tão difícil, com a promissora seleção mexicana, o tradicional time francês (que com Henry e Ribery inspirados pode ir longe) e a melhor seleção uruguaia dos últimos tempos. Na estréia contra o México, olho no rápido e habilidoso Carlos Vela, na esperança de gols Franco e em Giovani dos Santos, filho do craque brasileirinho Zizinho. A torcida é pela África do Sul, mas os favoritos do grupo são México e França.